Sé Catedral

 

Época: romana/medieval/moderna

Edifício religioso e anexos

Monumento aglutinados da passagem de vários povos na Egitânia possuindo de todos eles vestígios, em maior ou menor percentagem.

Possui seis portas de várias épocas sendo de destacar pelo seu trabalhado duas quinhentistas. Uma delas n fachada norte de aspecto gótico com aresta biselada, a outra, igualmente gótica, também de aresta biselada e com gablete. Entre o gablete e o arco possui estruturas em relevo de Cristo Crucificado, a esfera armilar e as quinas coroadas. Esta porta encontra-se virada a poente. Nesta face do edifício existe outra porta, singela. Na face sul tem 2 portas, uma singela e outra composta por silhares rústicos, num dos quais existe uma ara dedicada a Juno. Possui campanário para 2 sinos que foram retirados há mais de 100 anos.

O seu interior é composto por 3 naves divididas por 2 fiadas de fortes colunas. Junto á parede oeste encontra-se uma cisterna que ao ser desentulhada revelou abundante espólio romano e medieval guardado no museu de Castelo Branco. Uma capela possui um esgrafitado datado de 1593 que representa o coração de nossa senhora pelos anjos, como sua rainha. Noutros locais existem restos de frescos representando o Calvário, S. António, S. Bartolomeu, entre outros motivos em muito mau estado de conservação.

Ates da construção do actual cemitério as ruínas da Sé foram aproveitadas para essa função, já que o edifício se encontrava em ruína avançada e sem telhado desde meados do séc. XIX, sendo restaurada pela primeira vez nos anos 50 por Fernando de Almeida com apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e Centro de Estudos de Etnologia Peninsular.

No exterior da Sé existe, encostado á parede sul um baptistério visigodo, e a norte um outro baptistério encontrado numas escavações mais recentes em 2000/2001.

A esmo existem inúmeras ruínas de difícil datação e interpretação que se teima ser o paço dos bispos. No entanto tal não deverá corresponder á verdade. Na face virada a nascente existe uma inscrição romana em posição invertida.

A muralha delimita as ruínas a sul e poente possuindo neste trecho a porta sul, ou do Ponsul, e uma poterna.